Nova guarda armada do Rio: militares de baixa patente poderão integrar grupo e usar pistola .40
Divisão de Elite armada da Guarda Municipal do Rio terá policiais que atuarão em policiamento ostensivo e comunitário
O Rio de Janeiro será a primeira cidade do Brasil com uma guarda armada que permite issão de militares de baixa patente ex-integrantes das Forças Armadas. Como adiantou a coluna de Ancelmo Gois, os agentes com autorização para usar pistolas .40 farão parte da chamada Divisão de Elite armada da Guarda Municipal.
Uma emenda de autoria do vereador Marcelo Diniz (PSD) e assinada por outros 11 vereadores e oito comissões propõe que ex-praças poderão participar do processo seletivo; na proposta original da prefeitura, apenas oficiais poderiam concorrer às vagas.
Ex-sargentos, ex-cabos, ex-soldados, ex-marinheiros e ex-taifeiros temporários do Exército Brasileiro, da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasil não poderão ser excluídos do processo seletivo.
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— Essa emenda permite que jovens com experiência militar, principalmente no uso de armamentos, contribuam com a segurança da nossa cidade. Sem falar que muitos desses jovens, ex-militares, às vezes acabam sendo levados para o crime. Agora eles terão uma oportunidade de atuar ao lado da lei — justifica Marcelo Diniz.
O impacto orçamentário estimado nos cofres da prefeitura serão de R$ 38,2 milhões (2025), R$ 215,7 milhões (2026) e R$ 463,2 milhões (2027).
Saiba tudo sobre a nova guarda municipal:
Regime de contratação: o texto propõe que a contratação temporária de agentes seja de até 1 ano, com possibilidade de prorrogação por até cinco vezes.
Remuneração e gratificação: salário-base de R$ 13.033 (gratificação de R$ 10.283,48 para os agentes armados da Divisão de Elite somados aos pouco mais de R$ 3 mil de sua remuneração).
Composição prioritária: preferência para guardas municipais efetivos, mediante processo seletivo interno.
Participação de militares de baixa patente: ex-sargentos, ex-cabos, ex-soldados, ex-marinheiros e ex-taifeiros temporários das Forças Armadas poderão concorrer às vagas (emenda aprovada).
Porte de arma: agentes terão autorização para usar armas em tempo integral, inclusive fora de serviço (sem necessidade de acautelamento), com opção de guarda em local designado.
Câmeras corporais: Instalação progressiva de câmeras corporais nos uniformes e viaturas da Divisão de Elite.
Controle e fiscalização: criação de corregedorias próprias e independentes para a Guarda Municipal e sua Divisão de Elite.
Criação de ouvidorias próprias e independentes: Autonomia funcional da Divisão de Elite, com diretor-geral nomeado livremente pelo prefeito.
Lançamento imediato de edital interno: 600 vagas abertas em seleção interna para servidores efetivos da GM-Rio, divididas em duas chamadas (agosto e outubro).
Exigências: avaliação psicológica, física, médica e formação com treinamento prático e teórico com armas de fogo.