Quero, posso e mando
Farinha do mesmo saco, os donos do mundo extrapolam sem a menor cerimônia ou comedimento os limites da ética, da solidariedade, do aspecto humanitário, que deve prevalecer entre os povos, para celebrar a crueldade, desconhecem o salvar, o socorrer, vez que só sabem matar, destruir sem deixar pedra sobre pedra, a orientação é aniquilar o semelhante sem dó nem piedade.
Reciclando a histórica perversidade, o hediondo, ressuscitam o pior dos momentos que a humanidade já vivenciou, como que sentindo falta dos tenebrosos sentimentos que os alimentam, como modelo de empoderamento supremo.
Na tentativa de identificar temas para a nossa despretensiosa crônica semanal, alinhada com os acontecimentos nacionais ou globais do cotidiano, infelizmente nada supera os injustificáveis feitos praticados diuturnamente pelas chamadas lideranças políticas e institucionais da atualidade nos quadrantes do planeta, desprovidas de tudo que aluda ao gênero gente e como tratá-lo.
Vítimas de atos e assuntos explosivos que atingem direta ou indiretamente todos nós, o mundo está assistindo perplexo um verdadeiro apocalipse do mau, potencializado nos seus efeitos e velocidade de bombástica irradiação pela tecnologia de última geração empregada, tais como a inteligência artificial e outros, conhecidas ou ainda secretas, visando sempre como matar mais e melhor, letalidade e rapidez é a regra e orientação aos seus seguidores.
Os tiranos de hoje nada devem aos seus malignos ancestrais com suas proezas, cujos registros assustam até nos livros e relatos bíblicos e profanos da história mundial, nada mudaram, continuam enxergando exclusivamente a si próprios, exibindo suas façanhas, exigindo respeito e absoluta subordinação, ridículos, ignorantes, perigosos, dotados de jeito e trejeitos de “coringas” do mau no se apresentar às amedrontadas plateias.
Quanto ao aspecto temporal de seus mandatos legais, independentemente do modelo e regime político instituído, se projetam de forma vitalícia no poder, quero, posso e mando hoje e sempre, esquecendo-se de que possa surgir alguém, sozinho ou acompanhado para dizer um basta de âmbito global, capaz de mudar a direção dos ventos neste emblemático começo do século XXI.
A indubitável constatação é a de que o mundo chegou no seu limite, para gente, animais e natureza, não dá mais para ar, carecemos de lideranças saudáveis no sentir e agir, seja lá de onde for, sejam estadistas ou gestores de todos os tipos e credos, monarquias, repúblicas, democracias como condição indispensável, éticos, respeitáveis, sejam daqui ou dacolá.
Não é possível imaginar, que na multidão terrestre com mais de oito bilhões de seres ditos racionais, não tenhamos a sorte de encontrar um líder diferenciado, dotado de qualidades excepcionais a exemplo da promessa cristã de que “Ele” voltará na nossa utópica e perseverante esperança, de que vai virar verdade, rezar é o que nos resta, amém.
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