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INTERROGATÓRIO

Moraes ironiza intervenção de advogado de Heleno no STF: "Almoço ainda está longe"

Piada faz referência a pedido de advogado no dia anterior

O advogado do general Augusto Heleno, Matheus Milanez, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal ( STF) protagonizou mais um momento de piadas no segundo dia de interrogatórios dos réus do núcleo central da trama golpista no STF.

Logo no início do interrogatório, após Heleno responder às perguntas pessoais feitas protocolarmente por Moraes, como seu nome, sua residência e se era inocente, Milanez pediu a palavra, ao que Moraes respondeu:

— Doutor, o horário do almoço ainda está longe.

— Fique tranquilo, a exemplo de vossa excelência, eu tomei um brunch reforçado. Vossa excelência fique tranquilo — respondeu Milanez, que em seguida informou que Heleno só responderia às perguntas feitas pela própria defesa.

No fim do primeiro dia de interrogatórios, Moraes negou um pedido do advogado de Heleno para postergar o início da sessão de interrogatórios desta terça-feira de 9h para 10h. Milanez disse que queria ter tempo para jantar e que só conseguiu tomar café da manhã. Moraes ironizou a solicitação.

— São quase 20h da noite (sic). A audiência amanhã se inicia às 9h. Considerando que nós temos que chegar meia hora antes, nós só viemos em um carro. Eu ainda preciso levar o general para casa, preciso ir para a minha casa. Eu minimamente quero jantar, excelência, eu só tomei o café da manhã quase. (...) Por isso que eu queria rogar a esta turma, por favor, se tem como colocar um pouco mais tarde amanhã, de modo a se tornar viável. É possível iniciar às 10h? — pediu Milanez na segunda-feira.

Moraes respondeu com um "imagine eu" à afirmação de que o advogado não havia almoçado

— Doutor, vamos ver se nós terminamos amanhã, aí o senhor tem quarta-feira para tomar um belo brunch, quinta-feira um jantar, que é Dia dos Namorados, sexta é Dia de Santo Antônio e o senhor comemora numa quermesse. Se a gente começa a atrasar, a gente não acaba, doutor — respondeu o ministro Alexandre de Moraes.

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